UMA PRECE PRA TI
Veio como se não precisasse.
Eu preciso.
Fiz um poema na areia;
Achei que pudesse retê-lo;
A mão do mar o levou,
Gatuno, punguista.
Apropriou-se como se precisasse;
Eu preciso.
Fiz uma prece para ti;
Não tive intenção;
Seria uma nova benção para a mesma história;
Nem precisava.
Santo, santo , santo.
Veio como se não precisasse.
Eu preciso.
Trouxe-me o mar novo poema;
Desta vez em gotas firmes;
Nada sutil, nada serenada.
Obrigado por ouvir minha prece.
Obrigado por entender meu poema.
Obrigado pela chuva.
Eu preciso;
Que assim seja.