UMA PRECE PRA TI

Veio como se não precisasse.

Eu preciso.

Fiz um poema na areia;

Achei que pudesse retê-lo;

A mão do mar o levou,

Gatuno, punguista.

Apropriou-se como se precisasse;

Eu preciso.

Fiz uma prece para ti;

Não tive intenção;

Seria uma nova benção para a mesma história;

Nem precisava.

Santo, santo , santo.

Veio como se não precisasse.

Eu preciso.

Trouxe-me o mar novo poema;

Desta vez em gotas firmes;

Nada sutil, nada serenada.

Obrigado por ouvir minha prece.

Obrigado por entender meu poema.

Obrigado pela chuva.

Eu preciso;

Que assim seja.

Anderson Du Valle
Enviado por Anderson Du Valle em 07/07/2012
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