Pra você.

Eu vou projetar alguns sonhos pra mim. Iguais aqueles que você desejou. São tantos! Tantos que perco a conta, perco as noites, no vazio das minhas insônias. Eis que surgimos, os dois, rolando no campo, sob o luar. Não, não, sem muita sensualidade! Apenas rolamos rindo, porque a piada foi péssima, como aquelas que sempre conto. E você ri mesmo assim, um riso nervoso, descomprometido, às vezes trovador. Eu me lembro que tudo pode ser uma trova. Assim, leve, solta, poética, uma trova. Um carretel de coisas inúteis a se dizer, mas que inutilidade prazerosa! Nenhuma outra inutilidade foi tão revigorante. Diria até, esfuziante. Como a alegria que eu tive ontem, naquele sonho que projetei pra você.

Andrea Sá
Enviado por Andrea Sá em 10/07/2012
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