Rompimento que mata




 
            Foi uma noite tenebrosa.  De repente, tudo começou  a ruir, os jardins dourados, os pássaros cantadores, as cascatas de mel, o céu azul, a lua cheia e as estrelas todas morrendo. Cambaleando, com a terra se abrindo aos meus pés,  via tudo se estilhaçar naquele chão que se abria e engolia  o meu mundo. Nada se erguia em pé e meus bons sentimentos foram varridos de mim por um violento tufão de acusações vindas de todos os lados. Sofria os tiros mortais  de uma metralhadora giratória que queria liquidar-me rapidamente. Não fugirei às tuas intempéries, abro o peito e te digo: “Estou pronto para o sacrifício,  se é assim que queres, não tenho medo, mata-me de uma vez!”