No silencio da Noite

Em tempo. A sorte.

O pensar em espaço diretos, concretos e definidos. O azar. A morte ao despertar. Distancias em tempos. Uma vida em partes.

Sol, tempestade, calor. No mesmo momento.

A noite, silencio, a angustia de vagar. Um som, um vulto, a sombra no andar. A luz, a vela, a chama fazendo dançar. O cheiro da cera. O ar.

Puro anoitecer, escuro, só.

A madrugada, fria, indefinida, linda. Distante. Tão longe o inicio. Um caminho a seguir, em cantos, em pranto, numa saudade que vem.

Tão calma a vida. Tão plena, pequena, faminta.

São belos os sonhos. São cheios de tesouros, abismos, corredores.

A fuga do odio, do mal, e da agonia em querer. Egoismo em luta. A mão em punho.

Casa, pequena casa. Paredes, um teto, a sala, a copa, e o medo do existir.

A teia no canto, no alto, bem proximo da lampada. Uma vida em equilibrio, em linha.

Tecer a saida. Cultivar a esperança de um outro viver. Ali, bem proximo. Transpira um perfume de momento. Transpira o pó, o navegar dos pontos leves, em voo leve.

Um movimento, a parte de um corpo no sofá. A gota na pia. Sol, nem pensar.

Rômulo Cabral
Enviado por Rômulo Cabral em 17/08/2012
Reeditado em 18/07/2018
Código do texto: T3835884
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