Palavras nas Imagens

Sim, as ideias. Fonte de saber, de acreditar em conseguir.

Um plano, o alvo, a seta. Sem nomes, as ruas desertas. O muro, a fresta, a cerca, o nó.

Tem flores, a terra, os amores. Cultivar a vida. O pleno saber ao deitar. Relembrar do passado. Como livro, como rio, como lixo. Tem ainda as flores. Um cesto de flores. Na feira, na loja, no andar pelos jardins bem cuidados.

Os pratos. A louça que brilha. O desenho em voltas, em verde, amarelo, e um branco marfim. São belas as cores. Tem vida, nas coisas, nas vidas em dores.

Bate o portão. As arvores balançam. Um latino de um cão. Tem rumores.

A mesa de madeira num vão.

Apoiada na pedra onde as marcas destacam o chão.

Nem mesmo um contato, um afago, um prazer existe aqui.

A janela sempre fechada.

Já não existe perdão. As rosas caidas, um lenço jogado, e a caneta aberta.

Sobraram lembranças.

No ar o ultimo suspiro. Vem o dia.

O frio da manhã é mais frio. A neblina baixa toca a grama. Sereno. Chega o dia, encontro do fim. Outro dia.

Rômulo Cabral
Enviado por Rômulo Cabral em 17/08/2012
Reeditado em 18/07/2018
Código do texto: T3835920
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