SILÊNCIO

Escrevo em nome de Deus, daquele Deus que repousa em mim; que sopra a energia das palavras e as envolve em sentimentos e emoções, antes de passarem pela minha mão direita, com direcção às folhas brancas que estão à minha frente, à espera de ganharem outra forma e outra dimensão.

Escrevo em nome de Deus, depois de acalmar a mente e a transformar no maravilhoso silêncio que revitaliza a comunicação. As palavras que escrevo saem, portanto, do mundo exterior e focalizam-se na inteligência espiritual que habita na quietude do meu silêncio.

Esse meu silêncio diz-me que ao estarmos no mundo temos todos os poderes e qualidades de Deus. Poderes e qualidades que nos possibilitam pensar e agir individualmente. É, nesse mundo interior, onde habita o silêncio, que podemos criar e projectar tudo aquilo que a nossa mente aceita como certa e viável.

Se a mente é uma entidade criadora, devemos deixá-la trabalhar e funcionar, mas sempre numa atmosfera de relaxe. Depois disso, deixemos o pensamento concentrar-se e o silêncio nos dará as respostas às nossas questões, porque o silêncio é a voz de Deus, que nos proporciona a força necessária às nossas energias quotidianas.

É, no decorrer da noite, que a mente é mais criativa. As ideias projectadas para o silêncio da noite saem reforçadas com ideias mais criadoras, pois foram ajudas pela força e poder do subconsciente.

Como vivemos na nossa mente, podemos ser tudo o que quisermos. Temos ali tesouros inesgotáveis à nossa mão, desde que tenhamos consciência do poder dos nossos pensamentos para os adquirir.

Habituemo-nos a ouvir a nossa voz interior e não as vozes negativas que nos chegam do exterior barulhento e agressivo. Concentremo-nos no interior com fé e esperemos que as verdades de Deus se manifestem. Não duvidemos que a inteligência divina nos poderá proporcionar todas as oportunidades que desejamos, basta que nas profundezas do nosso ser, na quietude do silêncio, pensemos acreditando, naquilo que desejamos.

Podemos considerar que o silêncio é a nossa fonte para tudo. Adoptemos a prática do silêncio pelo simples reconhecimento da mente. Entremos em sintonia com Deus e os tesouros que ele tem para nós e que podem ser utilizados, inundados de paz e de muito amor. É no silêncio que habita um padrão profundo de harmonia, recheado de paz, de beleza, de luz e dum imenso amor.

É do silêncio que saem as ideias mais maravilhosas, dadas por Deus, de acordo com a revelação daquilo que necessitamos, porque Deus nos envolve completamente, deixando-nos ficar a paz do silêncio; um silêncio que nos dará as riquezas do cosmo e da terra.

A prática do silêncio remete-nos para uma atmosfera única, isenta de visões e ruídos externos, proporcionando-nos grandes dividendos em todos os sectores da nossa existência.

Luc Reis

2011-09-12

Luc Reis
Enviado por Luc Reis em 28/08/2012
Reeditado em 04/09/2012
Código do texto: T3853562
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