Figuras

Fortes, fracos. Feios, formosos.

Os Seres Humanos são fascinantes.

Fazem, formam, findam.

Vivem felizes, passam por fases.

Desde feto até seu fenecer, são fiés à sua flâmula. Ao seu foco.

Fluem entre sons de flautas, por florestas de freixos, fadas, fontes, formas.

Fazem feitiços para não falhar.

Alguns passam fome; outros se fartam.

Fixos e flácidos.

Flexíveis ou fincados.

Tantos fazem fiascos; tantos são finos.

Muitos vivem num feudo fantasioso; muitos nunca fogem da realidade feroz.

Há finta? Há fulga? Há fé?

Mesmo pensando ser fúteis, todos têm função.

Todos deixam filhos, falas, frases.

Faces fadigadas.

Físicos flagelados.

Francos ou falsos.

Frios ou flamejantes.

Filosofam o futuro.

Flutuam entre o floco e o fogo.

Frente às fatalidades, são de fibra, feito ferro, feito faia.

Falecem frequentemente, mas ressurgem feito fênix.

Farpas e festas.

Ficaram, foram.

A roda da fortuna gira.

E folheia-se mais uma página.

Chegam o fim.

Porém sempre voltam, numa fina, fleuma e fabulosa flor.

Fascinantes. Figuras fascinantes.