O ÚLTIMO MOMENTO

É fundamental, nos desligarmos daquilo que fizemos durante o dia, antes de adormecer.

Quando nos apresentarmos ao acto de dormir, vamos para nos ligarmos ao mundo invisível. Aquilo que se passa durante o dia de inquietações e desgostos, devem ser abandonados, na noite calma que chega.

É hábito dizer-se que morremos todas as noites e ressuscitamos todas as manhãs. Assim, todas as noites o nosso corpo vai para outro mundo para ser preparado para o dia em que vai de vez.

As diferenças entre morrer e adormecer não existem. Quando vamos definitivamente, só deixamos esta casa onde agora nos encontramos. Já durante o sono a deixamos, embora com ligação a ela.

O momento de cada dia deve ser tido em consideração. Para já devemos cultivar a alegria. Deus quer que sejamos alegres e felizes como uma criança. Jesus Cristo deixou-nos aquela parábola magnífica: - “Deixai vir a mim as criancinhas”.

As crianças não se afundam em pensamentos de tristeza e desalento. Não levam para a cama estas tensões. Isso seria o aconselhável para cada um de nós, independentemente da idade. O trabalho da evolução interior seria mais rápida. No entanto podemos constatar, na parte dos adultos, que quando eles adormecem com as tensões dos seus problemas, quase sempre acordam com um alívio completo. O que aconteceu é que no período da noite, o seu corpo físico e astral foi revigorado e ressuscitou sem essas preocupações. Mesmo que isso aconteça e seja uma realidade é preferível que o momento da noite, antes do sono, seja trabalhado. Limpar todas as preocupações. Fazer-se uma oração de agradecimento do dia anterior e da noite que se vai ter.

Devemos tentar adormecer tranquilamente, com bons pensamentos para que eles não destruam tudo o que de bom adquirimos durante o dia.

Mesmo com uma postura de atenção do dia e da noite, tendo por base o pensamento e a oração é aconselhável que se esteja em alerta constante. O meio pode ter uma influência negativa para quilo que pretendemos. A todo o momento somos testados com novas privações e provocações para ver se somos capazes de as ultrapassar com a dignidade espiritual e moral mais adequada. O alerta tem que ser constante. Permanente…

Concentremo-nos no interior e aprendamos a ser orientados por ele. Dessa forma cada momento será o último pulsar de uma nova vida que quer crescer ininterruptamente.

Luciano Reis

2011-09-20