A literatura própria

Hoje em dia entendo Quintana como seu verso

Um tanto confuso, um pouco poético

E totalmente cético

Seu ceticismo não compreendo

Pois minha filosofia cristão venceu minhas indagações

Mas entendo sua escrita modernista

O parnasiano deixou de ser o centro

Embora eu ache que nunca foi

O modernismo nasceu das entranhas do alento

Com a cede de vitória por meio das conotações

Mas nunca se perdeu o senso crítico e avaliativo

Ah como era difícil entender Drummond

Passei anos a meditar sobre os poemas desse ''monstro''

Mas hoje entendo.

A mesma escrita delas é a de um ser

Que necessita expressar suas condições,

dores, carências e revoltas...

Mas todos são a mesma coisa,

e se encaixam num único Elo

A literatura própria.

Arthur Montenegro
Enviado por Arthur Montenegro em 10/09/2012
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