AÇÃO!

ELE

Sim, sei das entrelinhas. Na verdade sei delas faz tempo. São como o vinho escuro pronto para ser servido como água.

Já para a auto ajuda, -Ahh!! esta me parece bastante aguda quando assumo ser de mãe, biblia, Deus, destino, companhia, certeza, solidão.. -Também Confesso! Tomo sempre os meus remédios, justifico enquanto bebê, me atenho como adulto e reconheço minha sonora música de letargia. Mas vacilante! Porque? Ajuda, de onde? Sei que pareço externo as vezes, mas quem conhece o interno totalmente. A poesia, filosofia, técnica, linguística, retórica, ilusão, quantas serão. Quantos passos estarão programados à dar além da imagem impressa e desgastada.

Deves ter razão. Sou um perdido! Não consigo ser de nada além de mim mesmo. Enquanto a sequência me é curta, diminuo os passos como não tendo mais nada à dizer ou a expressar e continuo: -Porque não sei quem sou? Porque não posso escolher a cada instante, porque continuo a testar minha rebeldia frente a lógica? No fundo sou como todos, só quero achar a minha cartilha, saber das entrelinhas e deixar o rio correr seu curso.

Ainda sobre o curso das certezas, como enganar o meu espírito com pérolas dizendo coisas e mais coisas sobre mim, e coisas sobre a identidade infinita dos olhos, como se fosse fácil desvendar tal genética por nós mesmos. Quão coragem se tem para acessar por dentro da minha alma e dizer, firmemente: -Esse é um clip, onde penduro papel e digo coisas. -Sensacional! Eu diria, nunca me foi tão claro a nostalgia de representar o papel de um clipe com função.

ELA:

Lá vem ele com as entrelinhas.... Ação!