PARA ALÉM DOS NOSSOS OLHOS

Por norma o ser humano, na sua maioria, não gosta de muitas mudanças.

A sua vida é vivida e gerida com muita calma e segurança. Emprego certo, casamento calmo, filhos que não dêem problemas, hábitos automatizados de ir ao mesmo café, ao campo de futebol, ao passeio pedestre; a viagem de férias à terra natal, na altura das festas da sua padroeira e assim por diante.

Se lhe dizermos que ele é filho do Universo e que por isso tem o direito de viver a sua etapa de vida como um arco-íris de oportunidades, envolvendo-se constantemente com novas personagens, novas reviravoltas, novas recordações e sensações, ele não acreditará e fugirá amedrontadamente da constante felicidade que lhe está a ser oferecida, de uma maneira inigualável e inesgotável.

O ser humano distancia-se do que não compreende, do que não vê nem ouve e nem sequer se predispõe a entrar, para conhecer e decifrar o invisível. Não compreende que a sua realização só se efectuará plenamente quando sentir com os olhos e a energia da Alma.

Luciano Reis

2009-09-03