Sem você
A canção que fiz pra você,
Você ainda a recorda?
Eu te ninava no berço,
Aquele tão pequeno, feito em casa.
Quase um cesto.
Onde você se esparramava.
E os meus brinquedos te doei,
Pouco me importava se você os quebrava,
Desde o dia em que nasceu,
Eu exclui do vocabulário: o meu.
Porque o que eu respirava era seu,
O seu sorriso me bastava.
Como você cresceu...
Já é um homem agora.
Mas em algum momento,
Não sei exatamente qual,
Você de mim se perdeu.
O perdi na caminhada.
E meu coração tão seu,
Ao meu pobre coração não restou nada.
Eu hoje sou pouco mais que um abismo,
Uma coisa qualquer desgraçada,
Que segue porque deve seguir,
Que mal consegue encobrir as dores com mascaras.
Eu prometi, consegue lembrar?
Eu prometi ser sua aliada,
Me lançar no mar bravio,
Ser a ponte que você atravessava.
Ao inimigos que você viesse a ter,
Já tinha uma guerra declarada.
Mas como? Como lutar contra um inimigo,
Eu jurei te proteger, como hoje lutarei contra seu inimigo,
Se o seu inimigo hoje é você?