Meu ínfimo Supremo...

A ti passei um pedaço da minha alma,

Ofertei-te, meu pequeno anjo, toda a minha dedicação,

Trouxe-te em mim, desde quando ainda nem te sentia

E já me apoderei de todas as virtudes que você há de ter.

Logro das suaves batidas do teu coração,

Dos pequenos gestos que ouso pensar fazerdes

E me sufoco da felicidade de te ter em mim todos os dias.

Pressinto tua chegada como a glória na razão d’um viver,

Vejo sinais de prazer em todos os cantos do meu corpo;

Dele terás o que necessitas, sem egoísmo ou ponderações.

Meu frágil jardim babilônico, ponho-me a tua disposição...

A minha essência hoje te faz morada,

O meu eu não mais faz sentido sem tua pulsação.

Vejo em você também um pedaço do meu gêmeo-companheiro-amigo-amante,

Teu pai.

A quem mais agradecer senão a ele?

Dele terás toda devoção que mereceres,

O caráter mais louvável que n’um homem pude conhecer, nele pressenti.

És dele, como de mim, uma parte.

E por que não dizer que dele a melhor?

Uma parte formidável demais para não adorarmos.

Saiba meu filho, viestes como uma bênção,

Um manso e largo laço que nos fez família,

És a razão dos mais puros e sinceros risos.

Que de ti só brote imensa ventura,

Que de nós, tenhas o melhor.

Despeço-me daqui, meu menino.

Que venhas saudável como anseio,

Do lado de cá o mundo te espera,

Mais que isso;

O meu amor pacientemente te aguarda...

Sua Mãe

Metanóia
Enviado por Metanóia em 11/10/2012
Reeditado em 11/10/2012
Código do texto: T3926511
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