O doce sonho, e a triste realidade

O sonho acabou antes mesmo de começar. Momentos sofridos. Amados... Desejados e esquecidos na pior das formas... Esquecidos covardemente num túmulo gelado. Por que tem que ser assim? Lutamos tanto. Travamos guerras e nos limitamos a soldados covardes. Tomo-me em certeza, que, em algum lugar desse universo, existe um anjo ao chão procurando minhas respostas em suas lágrimas, tentando entender o porque de tanta fraqueza, tratando-se de sentimentos... Porque os casulos continuam isolando nossas forças, escurecendo nossos amores? Anjos e vampiros em momentos de dor, atordoados por serem diferentes, e inevitavelmente iguais, perante a vulnerabilidade que corre em suas veias já embriagadas de impossibilidades. Que dor é essa que se esconde em mim? Que conclusão devo tomar à tamanha fraqueza que se aloja em nossas almas calejadas? Meus olhos estão confusos em visões que só levam a ti, assombrados com o horror de sua beleza ausente, castigados pela lembrança de seus traços. Ó Deus, por que sou fraco neste momento? Porque não presenteou-me com o dom de abraçar e acorrentar em meus braços o que existe no interior do meu ser? Sinto-me uma folha seca, levada por ventos sem direção... Seguindo caminhos incertos, ultrapassando barreiras esquecidas. Mas nada me apaga d’alma os rabiscos da tua. É profundamente triste desenhar nos caminhos de areia e sonhos, passos silenciosos e solitários. Desenhar nas páginas esquecidas, algo que nunca avançou as muralhas do que me compõe. Rabiscar nas paredes da esperança perdida, aquilo que talvez nunca me foi apresentado, e que nas pequenas probabilidades, nunca virá.

GCarlos
Enviado por GCarlos em 17/10/2012
Reeditado em 06/12/2012
Código do texto: T3938004
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