O Cavalheiro Bandoleiro
Oh Cavalheiro, que bandoleiro és,
De Felicidade fugaz, com suspiros derradeiros,
Tua paixão ao desfiladeiro, ao perigo,
Paixão de que és herdeiro, sofrido e bandoleiro.
Talvez teu espírito não precise ser andejo, ou bandoleiro,
Nem tampouco cavalheiro, amante, errante, derradeiro.
Oh, eu que cavalheiro fui, ou ainda sou,
Que bebestes um gole, de tal dose umbrosa, a que te ateio, eu que sou eu,
Mas não sou o “eu” dos olhos escarlates,
De um abismo que outrora tivemos.
E essa voz, silenciosa e tenaz, com uma rouquidão,
De um cavalheiro andejo, desfrutas da noite, Dimitri, Desfrutas,
Desfrutas da sinfonia que nunca se permiti.
Solidão, ao respirar, deixo minhas lágrimas caírem,
Ao tocar de nossas mãos, tu és pávida e voraz,
E caminhamos juntos, com os cabelos ao vento,
E nossos pensamentos ao relento.
Dimitri, cavalheiro tu és?
Tal andejo que morri aos andares do tempo,
Ao mar, ao luar, somente ao mar, um vento nos uiva,
Muito mais ao luar, tenho lagrimas a espargir.
Agonia, a cortar Minh’ alma,
Acaricia meus sonhos, que já se vão a dizer “adeus”, desfazendo assim,
Sorrisos que um dia sonhei, e sonhos que um dia sorri,
E até mesmo lágrimas que um dia matei.
Oh, perdoe-me, Sir Matthew, e você... Você deve ser Dimitri, o Bandoleiro,
Que por essas esquinas, erra olhares, tampouco olhares,
Que um dia destes, a uma dama faceira,
Que vos sumia, ao tocar os lábios.
Oh, perdoe-me, Dimitri Kaz, e não andejo tanto como quisera caminhar.
Choro pelas flores, que em meu passado gritei...
E deixe-lo matar.
Morte a um poeta, que descobrira os espelhos, e amastes a própria imagem.
Oh, perdoe-me, sou um cavalheiro bandoleiro,
De Felicidade fugaz, com suspiros derradeiros,
E minha paixão, despencou ao desfiladeiro,
Ao perigo, os perigos da paixão,
Paixão do qual sou herdeiro,
De minha dança faceira,
E de meu morrer verdadeiro.