Relatividade.


Meu imenso amor,
A alegria que me proporcionas
É inversamente proporcional ao que tua ausência me causa.
Se meus olhos não a veem, choram,
Meus sorrisos se intimidam,
Meu coração é tomado de um enorme vazio doído e tristonho.
O meu dia é encoberto de nimbos de melancolia
Que tapa a jovialidade do sol,
É como uma fotografia em preto e branco, envelhecida...
Nesses momentos sinto minha alma vagar,
Querendo inconsolada buscar a tua
E, às vezes, ela tem que ir tão longe...

Meu imenso amor,
Deram-nos um ínfimo espaço de tempo,
Comparado ao que nos permitem estar juntos.
Se eternizamos nossos instantes ante a tanta entrega,
A sós, o fazemos com o subsequente
Que se agarra à imensa e robusta saudade.

De quantas forças contrárias não são alvos as areias e os ponteiros do tempo...
O desejo e a saudade em pueris atitudes medem forças, ora acelerando, ora retardando o tempo,
Marcando nossos corpos de senilidades vãs.

Tudo, quando não tem que ser, é tão breve...!