A VIDA NO ÚLTIMO DOMINGO DE NOVEMBRO...

Ela caminhava entristecida, chegando da casa de seus pais. Tudo lhe parecia cinzento e chuvoso. As camas, mal feitas e os lençóis sujos de vômito. As paredes riscadas de preto e xingamentos expostos. O filho, sua única maneira de sobreviver e fortalecer. Os músculos do sorriso e a paz de coração. Filho de dezenove anos, moço alto, bonito, corado, nariz afilado, olhos certeiros, coração de ouro, mãos lindas, boca rosada e lábios levemente grossos. Estudante e amigo de muitos outros jovens, tão dedicado à famíia, quanto à sua própria vida. Seus pensamentos envolviam a vida alheia, principalmente a de sua mãe, adoentada e tão entristecida. jão não caminhava mais com suas próprias pernas. UItilizava cadeira de rodas e usava fraldas, sob as mãos do neto injuriado. Mulher tão bela como uma rosa vermelha, toda maquiada e bem vestida, sob vestido azul cobalto e sapatos brancos neve. A maquiagem irradiava sóis sem melanina. Sob a Deusa Lua, à noite, sua refeição era um bom prato de feijoada com um suco de laranja. E a outra jovem senhora, voltara para sua casa, sob a bíblia embaixo do braço e a cabeça em Fortaleza. As poesias, surtiam efeitos de magia, sob versos inspiradores naquele seu próprio filho...


Luiza De Marillac Bessa Luna Michel
Enviado por Luiza De Marillac Bessa Luna Michel em 12/11/2012
Reeditado em 12/11/2012
Código do texto: T3981535
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