A praça

 
Gosto de andar pela praça, sentir o seu encantamento, deixar-me extasiar pela beleza de estar ali, contemplando pessoas indo e vindo.
Quem nunca sentiu o encantamento de uma praça, não apaixonou-se nunca, nem mesmo pela própria vida!
Uma praça tem vida própria... 
Conversas são jogadas fora, acertos são feitos, discutem-se relações e suas ações.
Crianças correm de um lado pro outro sob o olhar atento dos pais... Alegres, contagiam-se!
Quantas promessas não são feitas em uma praça, já que tudo nela exala o amor? 
Onde o abraço é nos braços... E o beijo é na boca!
Uma praça é a poesia dos seus acontecimentos...
Já fiquei por horas observando as cenas, vendo pessoas de longe e de perto, ouvindo rumores, vendo sorrisos, e enxergando algumas dores escondidas.
Na praça, gosto mesmo é de ver os casais apaixonados, de mãos dadas...
Enamoram-se!
A praça é linda, mas assim como o amor, sozinha, vazia, não tem graça!
Até mesmo a praça, sozinha, é triste!
É impossível ser feliz sozinho, como já dizia o Grande Tom Jobim:
Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho...