Ciclo
Quando não se sabe mais para onde seguir
No pranto, na mágoa e no véu de candura,
Os passos parecem mais vazios que nunca.
Os caminhos são mentiras supérfluas,
Palavras não passam de simples tormenta
E a loucura se torna a única sageza.
O medo de si vem à tona
E por um único clamor de piedade se chama...
Das bocas as palavras se cruzam,
Mas ninguém lembra as respostas,
Os monólogos saturam as individualidades
E caminham frente à solidão.
Por mais que segurem o amor,
Ele segue sozinho, sumo e maldoso.
Putrifica as almas mais límpidas
E os peitos mais singelos dilacera...
Mente, hipnotiza, ludibria todas as mentes,
Não cansa de vitimar as pequenas criaturas.
Perdidas no espaço são deixadas,
Como os restos de menosprezo e mediocridade
Nunca passarão de erros do mundo.
Nunca serão mais que enojáveis e ingênuos vermes.