Ciclo

Quando não se sabe mais para onde seguir

No pranto, na mágoa e no véu de candura,

Os passos parecem mais vazios que nunca.

Os caminhos são mentiras supérfluas,

Palavras não passam de simples tormenta

E a loucura se torna a única sageza.

O medo de si vem à tona

E por um único clamor de piedade se chama...

Das bocas as palavras se cruzam,

Mas ninguém lembra as respostas,

Os monólogos saturam as individualidades

E caminham frente à solidão.

Por mais que segurem o amor,

Ele segue sozinho, sumo e maldoso.

Putrifica as almas mais límpidas

E os peitos mais singelos dilacera...

Mente, hipnotiza, ludibria todas as mentes,

Não cansa de vitimar as pequenas criaturas.

Perdidas no espaço são deixadas,

Como os restos de menosprezo e mediocridade

Nunca passarão de erros do mundo.

Nunca serão mais que enojáveis e ingênuos vermes.

Metanóia
Enviado por Metanóia em 15/11/2012
Código do texto: T3987441
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