Matriz de Subúrbio Azul



Os eucaliptos fazem sombra
No jardim silente em tom de cinza.
O ócio é meu ópio desde que os oceanos
Ilharam-nos em rochas frias.
É o poente de um fim,
Fim de semana tinto
Matriz de subúrbio azul.

Uma brisa plangente acaricia o deserto do quarto
Onde mergulho num lago frio
E sem som,
No sentimento mudo de um primata disfarçado e nu.
Conceda-me a eutanásia desta saudade
Antes que este sonho onde estou imerso
Acariciando teus cabelos termine.

É o poente de um fim,
Fim de semana tinto,
Matriz de subúrbio azul.



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Ronaldo Honorio
Enviado por Ronaldo Honorio em 23/11/2012
Reeditado em 23/11/2018
Código do texto: T4001654
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