Era o dia 26...

legenda: (...)  Sem registro.

Novembro 77...
Novembro 78...
Novembro 79
– Guaraná da Antarctica, sorvete gol da gelato, ponche de morango, circo em cima do bolo, doces e salgados, abraço da mamãe, brincadeiras no chão da sala, felicidade fácil, circo destruído pelos pés de quem deveria protegê-lo.
Novembro 80...
Novembro 81...
Novembro 82-
capacete, cinturão de patrulheiro, botas, algemas e talão de multa, uniforme, distintivo, era eu um CHIPS,alegria felicidade na escola, não por tudo que se via e tinha, mas por ter perto a MAE que nunca estava ali naquele lugar;
Novembro 83 – Aniversario em cima da hora, todos de férias viajando, sozinho na casa da arvore, primeira vez que o conceito de tempo se apresentou, tempo sozinho, muitas horas do dia sozinho, solidão amiga naquele dia disse oi! Bolo bonito, 7+1=8 sobre o bolo, declaração ao tempo, festa, briga de adultos, festa nunca mais teve o mesmo gosto.
Novembro 84 – A beca, o presente, formatura de manha, jurei por todos, despedida da tia, olá professora, aniversario a noite, bolo grande, jamanta completa de carros, caminhonete laranja, parabéns, chocolate a vontade, tiros no telhado, festa acabou.
Novembro 85 – Casa nova, pequena ainda, festa pequena, mãe e pai apenas, domingo de manha, procura por pizza o presente, sem presente domingo de manha não existe pizza, sorvete apenas, lagrimas maternas não compreendidas até então.
Novembro 86 - festa pequena, muito boa, gente que queria doces, apenas doces, doces e bolo bom, dia seguinte hemograma, diagnostico diabetes, glicose 400, hoje sei que foi apenas esquecimento das 12 horas de jejum.
Novembro 87 – Sem festa, apenas presente, comandos em ação, tropa e veiculo anfíbio completo, alegria, quando crescer ser soldado, hoje olho e vejo que já havia crescido no tempo e no espaço.
Novembro 88 – roupa nova da moda, tênis redley, bermuda e camisa PIER, jantar no chamas churrascaria, patê de ostras, churrasco a vontade. Eterna lembrança do segundo coração de mãe que conheci, hoje a certeza de que era amor por amor apenas.
Novembro 89 – clube, churrasco, sem mãe, cavalo, tombo do cavalo, ufa acabou.
Novembro 90 – Reprovado por rebeldia, ano triste, sem festa, ano triste mas não pela falta da festa, ano triste.
Novembro 91...
Novembro 92
– Aniversario na escola, primeira vez lembrado, abraço do amigo mais antigo e mais amigo até então, fora o primeiro oficialmente assistido por todos, fora no dia do aniversario o primeiro da série, casa cheia, pizza feita em casa, bolo bom, o melhor bolo do mundo SUPREMO DE CHOCOLATE,depois de muito tempo amigos de novo em casa, 1 apenas mas era um amigo.
Novembro 93 – festa rápida, quase por decreto, acabou a festa ufa!
Novembro 94 – Casa cheia, amigos, muitos apenas famintos, outros apenas amigos, festa boa, carteira de motorista de presente, as chaves da vida também, mas somente da vida.
Novembro 95 – Vento em popa nos sonhos, vida nova que começa, ano bom mas sem festa,
Estudar constituição e leis para ser policial, mundo desmorona por lei federal, agora policial só com diploma de nível superior, vestibular, estudar ,estudar, estudar ad infinitum.

Novembro 96 – festa cheia, muita gente que nunca vi, vizinhos novos, amigos novos, antigos e novos se fartariam, eu também farto mas não de apetite.
Novembro 97 – festa no restaurante, amigos os verdadeiros aquela época, tudo por minha conta, gorjeta de R$ 10,00 para o garçom, desespero de uns alegria do tal, tudo para não ir para casa, TUDO, em casa um balde de água perfeitamente disfarçado, perfeitamente despejado pelo ignorado progenitor, ufa acabou!
Novembro 98 - Bar, facultadas companhias, Parabens no refeitório, amigo de verdade, goles e copos para amigos não tão verdadeiros assim, cama as 2 da manha com a sensação que deveria ter ido mais cedo.
Novembro 99...
Novembro 2000...
Novembro 01...
Novembro 02
– dia pesado, festa armada, sem vontade de festejar, amigo fiel amigo, carona para casa, festa com lagrimas maternas, hoje de causas conhecidas.
Novembro 03...
Novembro 04
– Festa armada na faculdade, melhor presente em anos, cartazes, A vaquinha, o chantily, o amor sentido de longe, prova de Equações diferencias ordinárias, ordinárias mesmo, amigos de ótima amizade, serão eternos enquanto eterna for a alegria das presenças daquele dia.
Novembro 05...
Novembro 06...
Novembro 07...
Novembro 08...
Novembro 09
– Churrasco, festa para os outros, outros festejam, eu estou, apenas estou.
Novembro 10 – jantar, companhia materna apenas, começo a entender o que seja a tão falada PAZ.
Novembro 11 – Sem festa, agora trabalho sério, de muita responsabilidade, vidas na minha dependência, uma noite apenas, 12 horas a vencer, na 10ª hora voz de prisão, então vi que não tinha mais a perder, embate e fuga do inquisidor como se feito de pó, venci! Casa, banho e cama.
Novembro 2012- Grato, por amar uma rosa, por amar uma lady, por amar uma estrela, por amar uma mulher de fino trato, por não ter espelhos que não possa quebrar, por estar no caminho da paz, por estar vivendo em paz, por ter meus fantasmas e demônios sob lapide escrita aqui jaz, por ser o que DEUS quer para que eu encontre a paz, por nunca ter fugido da luta, por ter olhado a vida nos olhos quando ela me insulta, por ser eu sem amarras, por estar imune a qualquer fera com ou sem garras, por não me impressionar com quem gosta de molho de alcaparras! Por ser vivo e forte como o fogo, por saber respeitar a água que faz do fogo tolo! Por entender que o tempo, apresentado a mim a tanto tempo, deve ser gasto e não usado ou administrado como insistem alguns, meu epitáfio de muitas frases, teria entre elas esta gaste teu tempo, não use, nem administre, nem poupe, nem guarde por mais que seja por uns professado por verdade crível, saibam que esta tarefa é de verdade impossível.