VAGAROSA SAUDADE

Já se adonou, do meu interior

Numa mistura confusa de dor, saudade e poesia

Faço rimas, resgatando momentos

Finjo, ser coincidências, palavras que se conectam

Desintegradas dentro de mim

Me faço... Finjo-me de forte

Choro por dentro em turbilhões

Calada; por dentro eu grito

Lamentos e recordações

Verdugo, da minha agonia

Sou cativa, sem amarras

Dominada, sem peleja

Me faço, a vista tão posta

Mais por dentro trapo velho sou farrapo

Silêncios em mim gritam

Me falando de tardes que um dia vivi

Trazem-me sofrego e desalentado querer

Saudosas lembranças...

Cida Cortes
Enviado por Cida Cortes em 27/11/2012
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