De a sentir...

De a sentir vestida em cores, no branco que cobre certas manhãs. Não de todos os dias mas de neve ou neblina e com sorte, dos dois: dias brancos, dias invernais. Seus dias têm tons: do cinza azulado ao branco crescente, do verde ao amarelo de ouro forte ou vermelho, dos marrons e coloridos por flores e sol. Quando acorda o dia lá já está, à espera de um levantar, um dia branco, branquinho, anunciante de paz. Privilégio de ver reação primeira, a descoberta de algo ou de outro alguém: “Quando te vi amei-te já muito antes. Tornei a achar-te quando te encontrei.(...) Que és tu a mim que eu compreenda ao ponto De o sentir...?” Descortinaram-se os dias brancos, Fernando, conscientes, vistos por primeira vez. Através da janela pensamentos vãos, uno: Que lindo! Vamos brincar?! Tornará a achar-se se aceitar os nós.

Texto original (com foto) publicado no Bluemaedel

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