O MEU JEITO DE CRER E AMAR

O meu jeito de crer e amar

Suspiro...O coração dispara e a minha respiração ofegante faz-me sentir faltar o ar no meu peito. As lágrimas descem facilmente pelo meu rosto e a minha face se enrubesce. Todo meu corpo treme, tomado por uma repentina comoção. As minhas mãos se juntam apertando-se, segurando meu desejo de correr e te abraçar. Minhas pernas já não se movem, meus lábios não se mexem. O pensamento parece que se esvazia diante de um ponto aleatório que fixo no horizonte. Não exite dor maior do que se sentir impotente diante de si mesma. É como se a escuridão interior vendasse os olhos, calasse as palavras, apagasse as emoções, imobilizasse os sentidos, petrificasse o coração.

Não há esforço que se faça capaz de vencer o medo do desnudamento. Uma mulher ancorada na fragilidade do seu próprio ser. A roupagem externa demonstra uma força de inigualável comparação. Um porto seguro. Um navio ancorado. Uma hélice irremovível. Um corpo que sucumbe diante de um olhar enternecido. Um coração que pede misericórdia e compaixão. Uma rocha que se quebra com o mais leve toque de uma mão. Uma flor que se abre com uma gota de orvalho. Um furacão que remove montanhas, mas que se dobra diante de um sorriso como se fosse haste flexível. Um prazer sem sentir. Um calor que não queima. Um frio que não congela. Uma vida...Sustentada por fios imaginários. Força positiva e negativa que conduzem a energia para o âmago do coração.

Sofrido. Doído. Alvissareiro. Solidário. Apaziguador. Uma fé...No poder de Deus de realizar em mim maravilhas. "Eu creio, Senhor, mas aumentai a minha fé". E o meu amor...

Maria Luiza D Errico Nieto
Enviado por Maria Luiza D Errico Nieto em 08/03/2007
Reeditado em 19/07/2023
Código do texto: T404947
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