FANTASMAGORIA VIII

Alma – uma simples causa.

A expressão perfeita da liberdade,

Sempre viva, sempre em movimento...

Traçando a linha pontilhada

das superfícies e do centro

desta cosmogonia eternamente em construção:

- Um só Deus numa multitude viva de formas!

Ao mesmo tempo Arquiteto e obras

Incognoscível...

Ainda que seja Deus.

Ao tudo-todo ligam-se

as circunstâncias,

O novo, que de tão raro,

Sobrepuja o belo

E a realidade viva

que nos embriaga

e devora.

Diante desta arquitetura,

O olho nem tudo vê.

Se destes círculos e retas

também somos feitos, e de destinos

e de sonhos,

Nisso estamos mergulhados.

Tudo nos parece definitivo e por acaso,

mas nada é.

Porém, algo mais, então inédito,

Atrai-nos o pensamento

e nos encanto o coração:

- É o chamado da vida!

E já tudo nos clama

empenho, envolvimento.

Não há mais tempo,

Não enxergamos mais nada,

Mais uma vez embriagados,

e entregues de corpo e alma.

A vida é um eterno presente,

Um grande acontecimento,

sem regras e de muitos recomeços.

G Matos
Enviado por G Matos em 28/12/2012
Código do texto: T4056989
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