QUANDO ENCONTRO VOCÊ
Flavia Costa


Quando estamos separados
É como se não houvesse vida,
A sua distância, me afasta de mim.
Mas quando você chega,
Ou eu lhe procuro
Você me completa.
E, no instante em que nos unimos,
O tempo deixa de existir.
Ele, assim como nós,
Pode ser célere ou lento,
Pode durar a eternidade de um segundo
Ou se perpetuar na imensidão de horas infinitas,
Em busca da perfeição ou todos os sentidos.
Quando estamos juntos,
E você está em mim,
Não existe introspecção ou timidez,
Num vai e vem de sensações,
Deixo de ser Eu e passo a ser Nós.
Desvanecidos em conjunção,
Descubro coisas que não sei precisar,
Viajo até mundos desconhecidos,
E desperto Eus que não sabia habitar.
Talvez, seja esta a melhor parte de mim:
A que me esconde
E a que me revela,
A que me humaniza
E a que me afasta da humanidade.
Você é minha fuga,
O meu suporte,
Minha fantasia,
O meu delírio,
A minha sanidade.
É onde me abrigo quando estou perdida,
E também onde me perco sem querer me abrigar.
Você é o fim e o princípio,
É onde eu nasço e morro.
Nossa relação é sempre assim: intensa,
Em cada abraço, em cada toque, em cada descoberta,
Do início até o desenlace.
Nossos encontros são atos puros,
Que primam pela concepção, além do deleite.
E os frutos, registros dos fatos,
Sem pudores, expomos aos olhos dos que sabem ler.
O deste embate, lascivo, se apresenta:
Quando Encontro Você, muito prazer!