A solidão escurece a alma

A solidão apaga a luz,

Apaga o brilho, apaga o desejo.

Deixa tudo escuro, pesado,

Perdido para sempre

Como a fumaça no céu.

A solidão apaga a vivacidade

Apaga a alegria e o sorriso

Deixa uma opaca imagem, apenas,

Lembrança vazia e partida

Como as ondas que quebram nas pedras.

A solidão apaga o sonho

E seus devaneios.

Escura a arandela no cipreste

Resto de rebeldia humana

Na tenra pele resquício juvenil.

O tempo de espera é demasiado.

Em terras áridas germinam ações que ficam ao léu,

Num olhar cansado

Marcados por esse tempo

Calando fundo na alma,

A solidão!

Angeluar
Enviado por Angeluar em 02/01/2013
Reeditado em 02/01/2013
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