SOBRE UM COMENTÁRIO DO POETA ZIBA

Na penumbra por entre  nuvens negras que escondem  o céu;
Dou um parecer sobre regiões que só uma alma pouco esclarecida pode dar;
Dialogo com a lua e cresço a cada presente, agora estou num quarto crescente esperando a novidade;
Me escondo no ente que sou e minha lente se funde na penumbra que a lua divagando sobre céus mórbidos me induz;
Onde a clareira aberta é de um preto fosco e onde na noite escura só vagalumes emitem luz e os pensamentos são meros devaneios...
Sinto na pele, na carne, na unha, no coçar dos pés a angústia daquilo que nem sei ao certo o que é ,
Sinto a doçura da grama  que roça suave as minhas costas;

Uma rajada de vento alísio que alisa a minha cara e   já   me  dou por contente,
Sou um ser, é certo, um ser para a vida, condenado como disse Sartre a liberdade e restrito ao cárcere de meus pensamentos obsessivos e aos devaneios noturnos;
Pronto para a morte - sim um ser com destino para a morte e qual o problema em dizer isto? Assim quero viver, pronto para a vida, pronto para o fim... e qual a finalidade do fim,
Se encantar,
Se perder e se achar como na penumbra da noite;
Nessa  zona escura onde  a alma engole como os buracos negros pensamentos,
Que só as visões do Ziba podem me inspirar...