MARIANA

Seu nome é Mariana. Mariana ela dizia. Era alta, sincera e tinha muita alegria. Mariana o nome dela. Mariana ela dizia. E dizia para todos os homens no caminho: uma canção ela fazia. Versos e olhares longe da noite fria. Mariana, o nome dela, mais nada queria. Encantava sem saber encantar, mais que o sol e o calor da tarde, a todos derretia. Mariana, bela, alta, vivia. Vivia num reino sem nome, pois que o nome já não existia. Um lugar de frutos e amores bons ao longo do dia. Todavia. Um mercador que por lá passava e não dava risada e nada aguardava. Tirou de seu casaco, no meio da estrada, uma flor inacabada. Deixou-a com um beijo marcada, jogou-a ao canto, como se fosse nada e sumiu. Mariana ela dizia. Tomou a flor, sumiu o dia. Olhou ao longe e só viu agonia. Era a flor despedaçada, o coração apertado, era tudo o que havia...

CAMPISTA CABRAL
Enviado por CAMPISTA CABRAL em 14/01/2013
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