Até quando?
Eu me esqueci. Me perdi. Me encontrei numa esquina meio distante de casa. E chovia, enquanto eu olhava para trás.
Eu não via muito bem. Não me via. Não te via. Não tínhamos sombra nenhuma. Chovia. Sim, eu já disse que chovia.
E neste som costumeiro de resgatar a vida em passados esmiuçados entre amores e dor, eu revivo, mesmo sem ver. Mesmo sem te ver. E tentando me olhar. Porque, quem sabe uma dia, de tanto me esquecer, eu escreva algo novo e me esqueço de olhar pra trás.