O Amor existe, eu sei
 


Seja o amor como o tempo – não se gaste
e, se gasto, renasça, noite clara
que acolhe a treva, e é clara novamente.

                                           Ledo Ivo

 
Leio e ouço aqui e ali que o amor não existe. Respeito quem escreve ou diz, deve ter lá suas razões, mas não concordo, pois sei que para quem ama tudo que se faz, se vive e se diz é inspirado nas várias maneiras como o amor se manifesta em nossas vidas e isso é muito bom! Como duvidar?
O amor não existe, reafirmam. Ouso contrariar, pois sei por experiência e sentimento, que ele existe e faz festa na vida de quem se permite, existe para quem não tem medo de aprender, reaprender e reinventar o amor, em todos o momentos da vida.
O amor existe. Na magia que vem do olhar, na alegria do sorriso, na energia da presença, mas também na saudade, quando na ausência.
O amor existe. No encanto que se espraia ao ouvirmos a voz um do outro, na música que nos faz vibrar, no calor do abraço no encontro, no beijo que acende o desejo.
O amor existe. Nos nossos silêncios e nos nossos falares. Nos nossos fazeres, na troca de carinho e atenção com que pautamos nossas vidas. O amor existe porque dele fazemos nossa casa, nossa asa, o alimento de nossa alma poética e o sonho do paraíso onde estamos, para onde vamos e/ou queremos ir.
O amor existe dentro de mim.
Como dizer que o amor não existe se tanto sou amada e tanto amo?