Só não posso escrever para que vós leia, a minha escrita não existe no conteúdo do entendimento quem entende se desentende e fica assim, não posso escrevê-lo a diversidade não me deixa o que ocorre que me falta humildade para descrever e a minha introspecção me leva tudo me deixa sem pensar o que eu deveras sinto para escrever e fico empoeirado e com dor, com fadiga, sem paciência, anulo-me diante do que sei para não satisfazer nem a mim mesmo sou assim máscara sobre máscara diante do mascarado(a) um dia rasgado pela chuva, embrulhado pelo estômago da vitalidade que ficou na indústria que consumiu a minha energia, quero descansar sobre o meu descanso engolir a força da letra e apreciar a merda que fiz, nariz em minha narina me consolar com aspirina, folhas de parreira e erva de chimarrão, pegar a caneta colocar dentro do canecão, untar o pão fatiado com azeite, mel, orégano e solidão, subir na cama e trocar a lâmpada e jogar sabão em pó com água sanitária dentro do vaso sanitário, abrir o armário e pegar  o pires, a xícara e na gaveta de talheres uma colher de chá e o meu amor aonde está, se é  que está  se o amor já está em você  e o amor qual amor queremos somos verdadeiramente um amor na correria do metrô, que chega na estação e um senhor sexagenário de sobretudo e guarda-chuva aguarda o transporte falando sozinho sobre as uvas e em uma prateleira pública estão expostos  os livros que você pode levar e depois devolver é claro para que o tempo movimente a sua intelectualidade de viver e amar e a vida hoje e agora em que a lua apareceu diagonal ao alçapão estava silenciosa e brilhante na sua cor alva-alva olhei rapidamente já que a pressão positiva forçava a porta de entrada da oficina sobre o meu corpo respirei o gosto enjoativo de óleo diesel e deixei a porta bater na segunda porta e entrei em outra porta com a minha caneca de louça  lavada na mão coloquei um pouco de mel e café mexi com um minúsculo palito de plástico rápido tão rápido como a lentidão do que vai chegar quando eu não mais estiver  por aqui só não sei quando isto será porque isso não me pertence.

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( ... Imagem Google ...)
Moisés Cklein
Enviado por Moisés Cklein em 26/02/2013
Reeditado em 26/02/2013
Código do texto: T4159786
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