Esperar...
Ah... o doce sabor da espera...
O espírito antecipa o vulto que vai chegar.
Os olhos vão e vêm, consultando o longo e tortuoso caminho.
Um temor inusitado invade o peito: - E se não vier?
Gelam as mãos, coração palpita descontrolado.
Olhos consultam o relógio: - Ainda há tempo...
Entrega-se o espírito a doces devaneios,
reconstruindo a imagem do ser, ansiosamente aguardado,
seus gestos, seus passos...
Como será o seu traje? Mil suposições...
A cada novo movimento - sobressaltos - não, ainda não é...
Na ânsia de não perder, nem por um segundo, a visão
esperada,posta-se à varanda, na rede balouçante, pensamento divagando...
Virá?