Pai amor

Na sombria dor

Teu coração bate frenesi, em pancadas de dor!

Entrelaçado ao teu amor

De histórias vividas, com todo teu amor!

Litigiosa é masturbar-se em tua dor... É deleitar-se em tua própria dor...

O tempo não para! O tempo nos separa...

Seja na alegria ou na dor!

Chorar é alegria... Chorar é viver...

Sejam histórias de o bom viver, ou do mau viver!

Mas sempre as histórias do bom viver

Que nos retrocede ao mau viver.

Ah lindas biografias, que nos faz reviver

Toda a nossa história, de um lindo viver.

Benfazeja seja o ciclo da vida, que nos da um sorriso

E nos faz reviver!

Neste olvido imenso do passado

Corre teu pranto amargo, de teu vulto amado.

Bendigo-o amor que Deus te deu

No avesso de tuas alegrias!

Sabia que virias tarde... Mas sempre soubeste que verias!

A agitação feroz e sem finalidade

Que liberta a alma para sempre

Da matéria que passava

Há tanto suspiro

Que bateram sempre a nossa porta

E sempre aborta com voracidade, a carne da eternidade!

Ela fatigada, nada mais se valia

Ao trazer a dor, à alma de quem lhe pertencia.

Fernando A. Troncoso Rocha.