Soltas I

-"Carlos. Carlos!" - assim me chamou a criança de todos os mares, de todos os oceanos. Depois cantei uma canção de Amor.

-"Carlos. Carlos!" - Vi-la sair da água.

Quem me chamava eram seus olhos marinhos, era o sorriso da brisa do mar, era a areia a embater na água, era a água a ondular. E depois, cantei uma canção de Amor!

-"Carlos!" - Voltou a chamar. O cabelo dela, a criança, flutuáva no céu estrelado, emanado de Luz,...e o Sol brilhante tapou as estrelas do dia! E foi olhando para o Sol, que essa criança ao entardecer de uma manhã quente de frio, esticou-me o braço e tocou-me, passando uma energia tal, que como uma descarga eléctrica, mas de Amor! De puro Amor em todo o meu corpo.

Viramos costas e fomos os dois embora. Eu, para casa. Ela, para o seu reino!

Então: -"Carlos, Carlos " - Todos os dias em minha cama ouvia o mesmo. E assim, cantáva uma canção de Amor para a criança do mar..., para a criança do mar!

(Ferreira Carlos 2002)

Ferreira Carlos
Enviado por Ferreira Carlos em 03/03/2013
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