Dormir comigo no pão
Nunca mais dormi. - Estou ficando cansado, e cansado e cansado de tanto dormir.
Não aguento mais falar de mim. Me atormento com meu eu, e após saber dos compromissos, paro, durmo, ando pra frente, e durmo logo em seguida.
Não sou mais nada... Durmo... Mas agora eu sou, estou falando. Sou o eu, de um pronome egoísta. Agora eu tenho nome, sou um eu e sou você, determinado, castigado num consenso em senso. Numa novela, - que vela, vela, vela e assiste o prazer da soma e do sucesso.
Fico aqui imaginando: Platão, uma novela, Hesíodo, - na tradição oral escrita, fundando caos, Deuses de uma tradição politeísta e divertida, com sentidos, ação e continuidade.
Fico aqui imagino aqueles sábios, - dos que faziam sucesso como (Jesus), autoridades medievais da igreja, como Tomás de Aquino. Novo movimento, nova tese, nova ação de Deus. Quantas desilusões! Quantas certezas! Quantas necessidades!
Peço desculpas a mim. Preciso dormir. De produção, já basta o que me dá de pão.