Despir a alma

Rasgar as vestes do íntimo constitui em se despojar muitas vezes de lembranças e crenças que por anos podem ter sido a base da nossa existência.

Este ato de se despir, nem sempre é confortável, existem peças tão arraigadas que quando as puxamos, embora, "delicadamente", sentimos uma dor quase que insuportável e a tendência e deixá-la no mesmo lugar, afinal, quem gosta de sentir dor?

O novo traje jamais poderá ser usado adequadamente, enquanto não houver espaço para ela; Já vi pessoas experimentando peças sobrepostas, algo engraçado de se assistir (...) puxa daqui, requebra de lá e nunca fica bom.

Assim também fazemos com nossos afetos, levamos resquícios de dores, traumas, expectativas, e, nem nos damos conta das minas que plantamos neste relacionamento.

A reflexão do que deve permanecer e o que dever ser mudado, precisa ser diária, o perdão se faz necessário e constante, vivemos numa busca de sentido, proteção, prazer e se não soubermos nos despir, o peso das peças desnecessárias e sobrepostas, tornam o ato de caminhar (viver) mais difícil e com o tempo vamos perdendo o sentido, esquecendo a trajetória.

Precisamos de vestes tecidas na paz, oração, solidariedade, perdão; Calçar as sandálias da humildade, da tolerância e do respeito; E mais do que se despir, pedir ao Pai do Céu, o discernimento do que pode ser trajado novamente.

Beijos e sopros de esperanças aqueles que estão com feridas, segurando os tecidos incrustados na pele; Creio que o tempo será o bálsamo a soltar os fios se você ousar a acreditar nesta possibilidade.

Vale a pena!!!

Cris Vitarelli
Enviado por Cris Vitarelli em 17/03/2013
Reeditado em 18/03/2013
Código do texto: T4194037
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