Pelos mares, Marina
Mary andava tão cansada
Cansada de ser Mary
Ansiando ser Marina
Deixada de lado
"Ah Ainda depois de tanto estrago!"
Viajou para longe
Os mares do norte -
Tão ao sul do seu nome
Ah Marina
Que é Mary
Do mar que respira
O sal da vida!
Encontrou um porto
Nem tão seguro
Se deixou levar
Um pouco para o leste
"Um pouco demais..."
Decidiu mudar o curso.
No oeste de si,
Encontrou uma simples marina
Onde fez parada
Decidiu ficar
"Até quando?"
Ponderou, enfim respondeu:
"Só sei mudar.
Não sou letargia,
Sou adriça, proeira...
Não sou mais Mary,
Agora, sou Marina!"
Veio, então, o noroeste
Inoportuno
Quente e intenso, contudo...
Aqueceu o coração da moça,
Varreu o mundo,
Destruíu tudo,
Em, seguida, desapareceu.
Seca e ressentida,
Marina partiu.
Mais ao sul,
Serenos azuis.
E se aquietou.
Falou espanhol
Viveu portenho
Sorriu
Como há muito não se via,
Faceira, menina.
Tanta doçura
Abrandou Marina.
A tão procurada paz!
Findava a aventura?
Estava, enfim, segura?
Nada se sabe, até agora
Somente, que é dona
Dona da sua sina.
Que é mulher.
Que é menina.
Que é Marina.