Os teus lábios de pétalas


Se, se as ocasiões edificam abastança,
Os instantes são especiais para mim,
Quando olhei a moça de Manhattan,
No vestido cinza cor da tarde de sol,
No arrebol dos meus olhos era jasmim,
Amor de minha vida que nasceu assim,
Beijos mil beijos, toque leve, eu ilustro.
Na dedicação duma fortaleza de beijos,
Tão triunfais que o céu ficou todo azul,
Sem cessar e daquele jeito que eu sei dar,
Em todo o corpo aspirando mais e mais,
Na massa químico-física criada por Deus,
Ternura enigmática e máxima, é dom da vida,
Em palavras, às vezes, um pouco torcidas,
Sem explicação na comunhão de duas taças,
Doçuras juntas num balde de eterno amor,
Verdades sem mentiras no suor sentimental,
Delicadeza e amorosidade nos braços e beijos,
Doce porta, estar com a moça de Manhattan,
Sentindo o gosto da paz em puros sentimentos,
Descansando a alma no olhar docemente azul,
Não houve versos, nem rimas para esse amor,
Que acordou em vestes límpidas no riso aberto,
Do primeiro, inesquecível e excepcional amador,
Sem metáforas ou qualquer figura de linguagem,
São as mais açucaradas expressões do meu coração,
Lançadas dum miúdo arqueiro com flechas de amor.

Um dia a musa sonhou, idealizando um almoço,
Abominando estar na cozinha, ela sempre me falou,
Desse aglomerado de ideias e imagens que causou,
Alimentando o meu espírito no desenho de vê-la,
Em cordiais e enaltecidas horas no belo jantar,
Mas, sentamos à mesa, e do nada pulamos para o banho,
Ali, a linda princesa de Manhattan, se completou,
Beijou os meus lábios e logo, cingi ao tálamo de afetos,
Sonhos de uma nobre mulher que um dia se realizou,
No edifício Manhattan House da 200 East 66th Street,
E deslizando as minhas mãos em sua carinhosa face.

Eu disse:

-Amor! Ó minha deusa encantada do paraíso do meu coração.
-Eu sou assim, e te faço um jasmim entre as belas flores,
recomendei a mais perfumada do Egito só para mim.

E se todas as nossas ocasiões edificam abastança,
Os instantes são especiais para mim nesse jardim,
Quando olhei a moça de Manhattan com possança,
No vestido cinza cor da tarde de sol na inteira noite,
No arrebol dos meus olhos era jasmim que não teve fim,
Amor de minha vida que nasceu assim em duas pétalas,
Duma flor que desabrochou no auriverde da perene paixão,
E dançou nas veias e artérias com firmeza e aclamação
No olhar curvado tão doce que jorrou mel, exalando afeição.


Vídeo:
http://www.youtube.com/watch?v=-DvJ9s1153A




ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 26/03/2013
Reeditado em 26/03/2013
Código do texto: T4207993
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