Manifesto (júbilo)
Peça ao teu corpo que me perdoe a ousada intromissão:
Peça ao meu corpo que te enrosque, quão uma vil erva daninha...
Faz-se necessária a incumbência, quer de nossos gemidos, quer torpes delitos
A nos estipularem, em tranças de teares, um tramar de nossos sentires (bem)ditos...
... mal(ditos) em tamanha precisão à imprecisa situação, emaranhado de (im)possibilidades.
Peça ao teu corpo que ao meu, em tilintares e tremores, em cores, ou, pura traição – doce maldade...
Faça desse encontro um destino, o alento; mágica transgressão, justificada por tormentos, em preamar
E, num ápice de um tudo que nada poderia ser, se comparado a esse utópico contexto, uma realidade singular.
Faça-se do cerne o encontro mais que esperado; faça-se desse encontro um momento de poético e imaculado prazer...