Manifesto (júbilo)

Peça ao teu corpo que me perdoe a ousada intromissão:

Peça ao meu corpo que te enrosque, quão uma vil erva daninha...

Faz-se necessária a incumbência, quer de nossos gemidos, quer torpes delitos

A nos estipularem, em tranças de teares, um tramar de nossos sentires (bem)ditos...

... mal(ditos) em tamanha precisão à imprecisa situação, emaranhado de (im)possibilidades.

Peça ao teu corpo que ao meu, em tilintares e tremores, em cores, ou, pura traição – doce maldade...

Faça desse encontro um destino, o alento; mágica transgressão, justificada por tormentos, em preamar

E, num ápice de um tudo que nada poderia ser, se comparado a esse utópico contexto, uma realidade singular.

Faça-se do cerne o encontro mais que esperado; faça-se desse encontro um momento de poético e imaculado prazer...

Luzia Avellar
Enviado por Luzia Avellar em 26/03/2013
Reeditado em 26/03/2013
Código do texto: T4208775
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