SAUDADE DE MIM...

Hoje, esconderam a lua.

Tempo escuro; expectativa...

Não sei que aconteceu sei que doeu.

Daqui fito novamente o céu; sem estrelas.

Por dentro um vazio intenso surpreendeu...

Sei lá! Queria fazer diferente, reluzente.

Queria flores, alegria, coração contente.

Impossível... Recebi ordens em desordem.

Faça assim, gosto assim, pensei assim...

Pobre de mim; não pude pensar, nem retrucar.

Guardei os cacos para juntar depois; se der.

Está amanhecendo seria melhor que não.

Mas, é imprescindível que sim, para o fim.

Amanhã talvez tudo seja melhor enfim...

Esqueço tudo, deleto desejos e digo sim.

Alegro o mundo e desfaço os nós, após...

Olho para mim e vejo o que faço, a sós.

Sigo olhando o mundo, imundo, fétido.

Viver não é isso? Avançar; ontem já foi...

Não voltará; fica a lição e a opção...

Quem sabe uma estrela que brilha só

Olho para ela e decido; nada como tem sido.

E o pardal rabugento? Dorme em seu apogeu.

Fecho meu eu; findo um tempo e vou...

Sorrir muito do que penso de mim.

Acabou a cena; dia amanhecendo...

Algo aconteceu quiçá morreu.

Garanhuns(PE), 28 de março de 2013.

Gosto ruim... Saudade de mim.

Míriam DOliveira
Enviado por Míriam DOliveira em 28/03/2013
Código do texto: T4211390
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.