O encontro

O sangue corre rápido nas veias

A vida ressurge

Os holofotes se acendem

A luz clareia o horizonte e

acorda um vulcão que entra em erupção

Lavas desolam implacáveis

queimando tudo por onde passam

e abrem um sinal

por onde a banda passa

tocando uma música frenética

A eletricidade guia os sentimentos

para um encontro inevitável e

a força de atração une as minúsculas células

num abraço quente, macio

O mar deságua no rio e as comportas se abrem

deixando passar as águas represadas

do mar que não cabem no rio

Barcos navegam além

O céu se abre com braços de nuvem

para acolher o sol que queima e derrete

a cera da vela, libertando uma borboleta

que pousa numa flor

que se abria nos primeiros raios da manhã

Os olhos se afagam e se perdem

em infinitos profundos

Mergulham em ondas imensas que atingem o céu

ultrapassando o sistema solar

O sistema se dobra à frente do ser que sente

e se perde sem saber, o que na verdade sente

nem o que lhe desgoverna sem dó

Ana Campos
Enviado por Ana Campos em 13/04/2013
Reeditado em 26/09/2021
Código do texto: T4239612
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