FILOSOFANDO

Olhamos as águas do rio que vai deslizando, como o tempo vai transformando o hoje no amanhã. E estaremos eternamente no hoje.

O que podem as águas com as pedras que procuram impedir a sua passagem?

Mas, indiferentes umas das outras, cada qual cumpre o seu papel... ensinam e aprendem juntas, que a vida é reciprocidade. Dar e receber.

Nosso empecilho de hoje é também nossa lição, nosso desafio. Quanto maior, tanto melhor!

Vivemos indiferentes com a nossa natureza, vivemos os nossos medos cobrando de outros, vivemos nossas esperanças esperando de outros... Vivemos nossas tristezas e descontentamentos culpando aos outros. Nada fazemos por nós nem pelos outros!

Mas, nós somos esses outros de nós mesmos. Para isso temos nossas aptidões, nossos anseios, nosso coração, nossa alma e nossa vida.

A vida é uma variedade de propostas, de projetos, de atitudes, de coragem, de luta, mas de prazer, de alegria, de bondade também...

Há tristezas, lágrimas, dor, mas há cuidados, alegrias, risos, há satisfação!

Podemos chorar para lavar nossa alma, a tristeza pode nos amedrontar, dar-nos saudade, mas podemos chorar de alegria, de contentamento, ante a beleza ou a compreensão que extasia nossa alma.

Hoje, o dia pode estar feio, mas amanhã o sol voltará a brilhar...

Precisamos da escuridão para valorizarmos a luz!

Precisamos da dor para sentirmos o alívio!

Precisamos sentir a necessidade para aprendermos a dar. E dar é bem melhor que receber. Porque o ato de dar é desprendimento, é exteriorizar um sentimento, é olhar além de si mesmo. Agasalhar alguém é estender o calor humano para esse alguém. É vibrar na harmonia do equilíbrio.

E amar é respeitar, admirar, compreender, aceitar. É ver-se a si mesmo naquele gesto de amor.

Nada adianta para nós cobranças de atitudes, cobranças de sentimento, cobranças de respeito. Se há problema, nós seremos maiores do que ele. Mas precisamos ser dignos de nós mesmos, abrindo mão daquilo que não podemos receber. Desligando-nos desses pequenos ou grandes problemas, sairemos aliviados, porque só podemos ter certeza no que fazemos, no que sentimos, no que vivemos. E esta certeza nos dá estabilidade, equilíbrio e paz!

No final, as coisas se resolverão por si mesmas!

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L.Stella Mello

Stella Mello
Enviado por Stella Mello em 17/04/2013
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