Não me deixa assim


Eu não queria essa posposição,
Do adeus lançado nas palavras,
Cursando as minhas temperaturas,
Nas lágrimas que caem no chão.

Não parta, não saia tão cedo,
Eu não posso suportar a dor,
Se eu não devo a partida,
Não aspiro uma gota de despedida.

Tenho ainda amor para doar,
Uma montanha de alegrias,
Uma constelação para abrandar,
Espero que eu seja a sua vida.

Não. Não me deixa assim,
Sem a aurora que não abrolhou,
Eu não sei rir na praça da incerteza,
Vendo a zombaria que bancas para mim.

Eu não alcançarei os passos da tristeza,
Se você for embora e logo partir,
A minha vida não terá sentido,
Se a sua alma não estiver bem aqui.

Vamos viver o presente das horas,
Esqueça as folhas secas do passado,
Abras a porta da sinceridade,
Dê-me o botão de todas as energias.

Se ainda derramas ardor por mim,
Venha logo antes do anoitecer,
Não parta os meus caminhos,
Antes que eu esqueça de você.



Poesia escrita em 18/07/1989


Vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=6B1oF1zr1io


Crédito: Imagens do google


ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 19/04/2013
Código do texto: T4249787
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