Ja não ha flor

Pássaro cai.

Flecha certeira.

Na queda, como Ícaro, perde suas penas.

Ao atingir o solo, já não é pássaro.

Asas dão lugar a mãos.

Agora corpo de homem, pernas e braços fortes.

É chegada a hora.

Caído tem só uma opção.

Levantar corpo e o olhar

firme no azul do firmamento

Já não é pássaro, ja não ha flor.

Põe-se em pé.

Em fim chegou. Em fim é.

Solo sagrado, missão e suor.

... agradece,

e põe-se a correr.