Um certo homem
Por favor me dê licença
Tenho uma estória pra contar
É a estória de um certo homem, que passou por este lugar.
Seu moço você não imagina
Que homem danado de malvado
Ele roubava, batia e matava
E ainda jurava que a Deus rezava.
Seu nome não se sabia
Seu endereço todos temiam
E quando às ruas ele passava
Todos fugiam e se escondiam onde podiam.
Um dia ele chegou na praça
Estava cansado de ser sozinho
Precisa de alguém, queria amar
Mas onde estavam todos, com quem poderia falar?
Ele ficou nervoso e consigo começou a gritar
Precisava se aconselhar, queria mudar
Daria tudo pra um amor ter conseguido roubar
Já que de bom grado não achou ninguém pra lhe ofertar.
Derrepente percebeu uma respiração ofegante
Que vinha detrás de uma árvore chorão
Pela primeira vez sentiu medo e pensou
A polícia vai me prender, esses fio de cão.
Pensou em atirar
Depois teve quase a fugir
Mas apenas sentou de costas e disse
Pode me pegar estou cansado de resistir
Como viu que nada aconteceu
Virou-se novamente para a árvore
E não pode acreditar no que viu
Tremendo de medo lá estava uma donzela
Seu cabelo negro caidos sobre o vestido gasto
Seus olhos enormes lacrimejados de medo
Parecia tão forte e tão indefesa
Ele se aproximou e o máximo que conseguiu dizer foi: moça, não tenha medo.
Pela primeira vez o farasteiro não se entendia
Percebeu que desta vez era ele que suava e tremia
Jogou sua arma fora e gentilmente na mão do seu amor segurou.
Saiu pelo mundo a fora e nunca mais se soube que algum mal este forasteiro praticou.