Porões d'alma

As vezes o silêncio grita mais que a voz do vento e esse silêncio interior é o que somos. Não somos o que gritamos, esperneamos, pedimos...Somos o que sentimos, ouvimos, absorvemos, calamos.

Quantos adeuses tive que aprender a dar em silêncios...Gritando por dentro! Quantos seres chegaram com abraço e se foram sem despedida e quantas desilusões guardei escondida no cofre dos meus porões. Me sentindo árida Caatinga, daquelas que não chove há anos nos sertões, mas na dor d'alma, se chorasse, mataria a sede de tantos nordestinos.

Fui menino e ontem à tarde, dia 30 de abril de 2013, novamente tio. Nasceu Ana Luiza, para vislumbrar, sonhar, aprender, ensinar, amar, dar continuidade as gerações.

A renovação da vida se faz presente, querendo ou não, feito galhos que estão secos e nos deslumbram na primavera. Minhas mãos abraçam a alma das pessoas que foram importantes em minha vida, as que não foram se perderam no esquecimento...A vida é esse eterno encontrar-se e doídos desencontros.

Podem tentar tirar da minha vida tudo o que quiserem, mas nunca me livrarão do meu bom humor, otimismo e amor ao próximo, além das minhas íntimas conversas com Deus. 

Quem amo, sabe que amo, meus olhos dizem, quando se calam as palavras...

Por quem derramei lágrimas, acho que amei mais do que devia...

Algumas se vão e se foram sem despedida...

E aquelas pessoas a quem sou indiferente, nunca possuíram nada, de minha'alma-vida.

Tony Bahi@.
Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 01/05/2013
Reeditado em 01/05/2013
Código do texto: T4268847
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