Insone

E em face aos últimos momentos, um sonho que morreu em meio ao susto. Uma luz que invade meu olho sem pedir licença levanto, um desejo insano de café...

Percebo que a luz ainda estava no sonho mas foi ela que me acordou. E aniquilando minha morte em sono, corro risco de morrer acordada. Assim será mais fácil, quem sabe morro escrevendo e deixo uma dúvida de fim de texto para terminar na eternidade. Busco a cadeira, a lua, o cigarro que também me mata lentamente e ai descubro nas fumaças que se agarram, a do café e a do cigarro que até mesmo elas se buscam, seria talvez a saudade delas que me acordou? Ou somos mesmo todos nós, escritores, insanos e indecifráveis criaturas? nada disso...vai ver é esta mania de insônia que me invade e o profundo gosto de acordar a manhã e ser a primeira a beijar a face dele, o sol.

Bom dia.

Márcia Poesia de Sá.