Amor total

Hoje ao acordar me perguntei o que eu fiz nesses meus tantos anos de existência. Revi sonhos, idéias, vidas. Vi os meus erros, muitos erros. Vi acertos. Senti uma dor esquisita ao ver que muita coisa se perdeu. Ao mesmo tempo vi o horizonte mais próximo. Vi que amo. Amo o homem, o menino, o amigo e o amante. Alguém muito puro e que está me ajudando a virar as páginas da minha caminhada. Agora me sinto humana, feliz, radiante. Muito diferente de antes. Sabe quando você se sente sozinha não sozinha de presença física, mas sozinha por dentro, sozinha de afeto sozinha de amor? Pois é. Eu me sentia assim. Sozinha. Entre uma crise e outra: depressão. Subidas, descidas. E ele chegou. Quente, humano, meu. Posso dizer MEU! Ou eu seria SUA? Os dois. Somos um do outro. Cada vez mais um do outro. Cada vez mais UM só. Os dias passam e o amor cresce, floresce, multiplica. VIVE! Ele com sua armadura e cavalo branco; eu com meu vestido rosa vamos vivendo calmamente esse amor. Futuros programados. Vidas unidas. Sonhos compartilhados. Cumplicidade. Somos cúmplices um do outro. Rimos juntos, choramos também, compartilhamos dores, alegrias, desejos, vida. Obrigada por proporcionar a mim o teu amor. Obrigada por permitir que eu te ame. Seremos, somos felizes. E 'Vinicius de Moraes', o eterno amante do amor, em seu "Soneto do amor total" traduz claramente o que sinto e desejo. Amo-te.

Amo-te tanto, meu amor... não cante,

O humano coração com mais verdade...

Amo-te como amigo e como amante,

Numa sempre diversa realidade.

Amo-te afim, de um calmo amor prestante,

E te amo além, presente na saudade.

Amo-te, enfim, com grande liberdade,

Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmente,

De um amor sem mistério e sem virtude,

Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúde,

É que um dia em teu corpo de repente,

Hei de morrer de amar mais do que pude.

Vinícius de Moraes (soneto do amor total)

Te amo Israel Goulart, o meu príncipe de armadura e cavalo branco. Sua Déa

Andréa Mélo De Almeida Farias
Enviado por Andréa Mélo De Almeida Farias em 27/03/2007
Código do texto: T428155
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