EXÍLIO DO POETA MELANCÓLICO

Vivo triste e desolado

Neste vale de lágrimas

Em que solidão é meu quinhão

e de fel é minha taça

Solidão é meu amparo

meus temores que se vão

Rumo ao alto sem demora

bem de encontro à imensidão

Melancolia e mil razões

A esperança já se foi

Justifica-se-me o tédio

nestes versos e canções

São-me escassas as palavras

O desterro é humilhante

Dissabores não me faltam

Levo a sorte como errante